sábado, dezembro 02, 2006

o rótulo do esquecimento


"Se eu pudesse chegar em pensamento
E não deixar evaporar
Isso que tão etéreo como o álcool
Me consome embriagado em olhos e palavras
Que enxergam esse mesmo etéreo
Estaria outra vez, dentro a costurar
Fatos que ainda não vi

Mas que hão de vir na magia de um dia-a-dia
E quando ouço a tua voz
Ouço mais, que ouço nós
Ouço mais, que ouço nós
Ouço mais, que ouço nós

Se eu pudesse chegar em pensamento
E não deixar evaporar
Isso que tão etéreo como o álcool
Me consome embriagado em olhos e palavras
Que enxergam esse mesmo etéreo
Estaria outra vez, dentro a costurar
Fatos que ainda não vi

Mas que hão de vir na magia de um dia-a-dia
E quando ouço a tua voz
Ouço mais, que ouço nós
Ouço mais, que ouço nós
Ouço mais, que ouço nós
E quando ouço a tua voz..." (Cibelle)

começamos como um desporto... como pela razão de um convívio enganador... deixamos nos ir pelo gargalo que não sendo nosso começa a pertencer-nos... agarramo-nos ao rótulo até então desconhecido... mais uma gota...só mais uma que de tão pequenina que ainda consegue entortar todo o nosso mundo... as ruas já não são parelas... nem planas... ou sobem ou descem... e curvam, fazem sempre esquina nem que seja com o prédio em frente... os joelhos dobram em direcção ao chão... caímos redondos... o chão não pára... não obstante, rodopia em nossa volta... faz-nos girar mais um pouco e só paramos quando nos olhamos com o braço perfurado por uma agulha... um tubo... o saco de soro....
não sabemos onde estamos e muito menos quem somos.... procuramos bilhetes de identidade mas não existe... ficou na mesinha de cabeceira de casa (que não sabemos exactamente onde fica)... só encontramos batons e dois cigarros amaçados no fundo...
acabamos por nos perder em toda esta balbúrdia que nos sufoca... só nos lembramos das luzes de ontem... dos flashs que nos guiavam a dança... e da garrafa... da maldita garrafa que ontem fora a nossa melhor amigaa!

talvez por já ter visto muita gente bebâda começo a achar-me abstémia... não será uma figura demasiado deprimente?
diga-se que tem a sua piada quando ficamos num estado médio.. em que ainda sabemos o que dizemos e o que vemos... tendo noção no entanto de exagerar toda uma reliade... este jogo, tornando-se esporádico pode mesmo tornar-se engraçado... mas quando se passa aquela linha... aquela que não nos permite no dia seguinte recordar de tudo o que fizemos já toma uma dimensão bem mais complexa!
adepta de uns bons favaios... no entanto bem contados ! e sempre... mas sempre com rebuçados na carteira pra reverter qualquer estado mais estranho

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